"#willpower" é o quarto álbum solo de estúdio de will.i.am, que foi lançado em 19 de Abril deste ano, 2013.
will.i.am também faz parte dos The Black Eyed Peas. O mais recente álbum do grupo foi "The Beginning" em 2010. Desde a data will.i.am, a mente mais visionária do grupo de 5, tem estado a trabalhar nos seus projectos solos. E também a produzir faixas para outros artistas, como "Feel Good" de "Blurred Lines" de Robin Thicke.
will.i.am também faz parte dos The Black Eyed Peas. O mais recente álbum do grupo foi "The Beginning" em 2010. Desde a data will.i.am, a mente mais visionária do grupo de 5, tem estado a trabalhar nos seus projectos solos. E também a produzir faixas para outros artistas, como "Feel Good" de "Blurred Lines" de Robin Thicke.
Este álbum é o primeiro trabalho solo do artista que ganhou a minha atenção. A razão tem relação com o caminho que o grupo escolheu. Eu sou um grande fã do grupo e também de will.i.am que é um dos mais bem sucedidos do grupo. E desde 2010 reparei que o grupo absorvia cada vês mais o estilo techno. Eu sou bastante critico em relação, a um artista que ao seguir a moda, muda a sua essência musical. Isso foi o maior peso que atrasou a minha apreciação do álbum como um produto novo e não como continuação de clássicos de que will.i.am já me tinha feito a honra de ouvir( lê mais sobre a hesitação).
O som que abre o álbum é "Good Morning", e como esperado de uma introdução, temos uma suave presença. Temos uma melodia bastante agradável e ela juntamente com os vocais rouba um pouco mais à atenção do ouvinte. Ao acompanhar a melodia chega-se a sentir o frenesim de assistir uma cena dramática de um filme. Nos vocais temos o will.i.am, e uma voz secundária que soa feminina mas, soa também como uma voz infantil. Mas a idade não é um problema, e nem vem ao assunto, se apenas apreciarmos a ternura que a voz secundária dá ao conjunto. A lírica é também bastante motivadora, apresentando sempre um objectivo positivo, mesmo quando as afirmações são bastante realistas.
No segundo tema "Hello" mais uma vez oiço vozes infantis. Ouvindo o instrumental de início ao fim, faz me acreditar que podia estar muito melhor. Se eu fraccionar o instrumental, tenho melodias doces e tenho drums que são bastante agressivos, são como que contraste as melodias. Mas parece que para contrariar-me e provar-me correcto temos transições de drums para melodia, já no final do som que é ao resto do som incrivelmente bela.
"This Is Love" é uma colaboração com Eva Simons muito bem aproveitada, o tema é um dos singles do álbum e claramente o merece. Apesar de estar bom, mais uma vez a produção prova ter boas melodias, mas os drums e resto ficam ao lado da melhor escolha. A meu ver este tema sugere algo mais clássico, uma produção mais "leve" com requinte em cada nota. Começou bem com o piano, e o poderia ter explorado melhor.
Apesar da forma como penso, percebo e respeito o will.i.am a alargar fronteira a outros géneros musicais, como o techno/dubstep bem notável neste álbum.
"Scream & Shout" é a colaboração com Britney Spears que traz o poder que pode categorizar o álbum "#willpower", num total. Este som transmite o feeling "eu gosto do que faço, e só me custa uma festa". Ele faz música a sua maneira, com bastante mais liberdade criativa que muitos outros produtores e artistas, e o impacto que ele causa põem-no no spot dos mais originais. E seguindo a lógica anterior, originalidade é tudo o que precisas para ter uma boa festa. Este tema foi um dos primeiros singles do álbum.
"Let's Go" é uma colaboração com Chris Brown, que confundiu-me porque o início transmite uma sensação totalmente diferente da do resultado final. Pelo início acreditava que o som poderia ser melhor do que o resultado final. E mesmo ouvindo varias vezes continua difícil aceitar a presença pesada de will.i.am. Mas é também interessante apontar na produção, há partes do instrumental do Chris Brown que da a sensação de aceleração, let'sgo. Apesar de tudo o som até traz uma boa mensagem no final, que é a mesma no videoclipe oficial do som "#thatPOWER".
"Gettin' Dumb" com apl.de.ap e 2NE1, é o sexto tema do álbum. Gostei bastante deste som, a parte em que a melodia quebra-se para entrar o Rap, foi bem implementada. Ainda que o Rap tivesse uma percussão bastante forte os produtores tiveram sucesso em algo que andavam a tentar fazer em sons antecedentes, combinar uma melodia suave e techno a outra mais agressiva e mais hip hop. Há que realçar o bom refrão.
"Geekin'" neste som a produção do beat parece mais estável, devido ao tom robótico que mantêm-se por toda a música, mesmo quando alteram a profundidade sonora, etc. O tom faz parecer que will.i.am tinha o pé mais no chão hip hop quando trabalhou no beat. E o resultado foi magnifico. O tema do Rap, justifica vários episódios mais Geek do will.i.am, como o lançamento do acessório para a câmara do Iphone. É um tema bastante interessante e proporcional ao beat robótico. Eu adorei este som!!
"Freshy" é uma colaboração com o rapper Juicy J. Este é o segundo som estável ao meu ouvido do hip hop, e é também bastante mais chill que todos os outros do álbum. Mas ainda assim é um bom som porque will.i.am e Juicy J aproveitarem bem o beat com um flow requintado, que não é complexo porque este beat criativo torna simples em poderoso.
"#thatPOWER" é uma colaboração com Justin Bieber no refrão. O som que a meu ver fala da mudança do will.i.am, não só da musical mas também a visual que pode ser caracterizada excêntrica. O will.i.am tem o poder de ambição assim como o seu nome. Que também pode ser dissecado para "I am will". Acredito que esse seja o "#thatPOWER" dele, e também o poder que caracteriza bem o álbum. É notável o poder exposto no beat e na lírica. É o terceiro single do álbum.
"Great Times Are Coming" é o som em que se nota melhor o poder criativo de produção do artista. Depois da entra melodiosa, vem um bass electrónico todo vibrante a zumbir a melodia, e depois juntam-se claps e os restantes drums. E ainda temos mais uma secção melodiosa antes da seguirmos a festa. Este som é um super mix. E gostar ou não gostar depende do ouvinte perante ele, porque criativamente ele é bastante pesado. E liricalmente ele, will.i.am continua a ser positivo, e a sua atitude de visionário também segue o mesmo sentido.
"The World Is Crazy" com participação de Dante Santiago. É um dos melhores sons do álbum. Um dos melhores especialmente pela mensagem que transmite. Cada verse traz um intenso de reflexões sobre as verdades que will.i.am vai listando. É o som do álbum que mais me tocou liricalmente. E tenho de falar do instrumental que está em perfeita sintonia com a letra. Nos drums, pode se sentir aquela percussão mesmo no ponto. Um grande tema, extremamente bem realizado, o instrumental e objectivo lirical são fantásticos.
"Fall Down" é uma colaboração com Miley Cyrus. E o som tem desde o inicio aquela vibração pop. É uma boa colaboração, contrário ao "Let's Go". Os produtores desta faixa aproveitaram bem a capacidade vocal da Miley Cyrus, e produziram um som que veste bem ambos ela e will.i.am. E na fase final temos a fusão com outra essência sonora, que parece como a balada de um baile de um conto de fadas que termina bruscamente. Acredito que haja mais explicação na lógica da sonoridade, e da lírica.
"Love Bullets", é uma colaboração com Skylar Grey. É bastante interessante o que fizeram com o instrumental. Se repararem bem o instrumental tem fases em que parece simular o som de um coração. Até a forma de cantar do will.i.am. O resultado final cai como mais algo indie pop, mas isso não é relevante face ao resultado musical. Podemos ver que este tema foi mais experimental, e também que will.i.am está cada vez mais em harmonioso com os colaboradores ao decorrer do álbum.
Em "Far Away From Home" a minha observação afirma-se mais uma vez. E posso até adicionar que quando ele acompanha o artista no seu canto o resultado final é mais compacto. Ou seja mais plano entre melodias e percussão, e entre outros possíveis arranjos.
"Ghetto Ghetto" confirma que will.i.am é aquele artista que colabora com outros artistas. E faz isso sem muito julgar, se calhar é devido a também ser produtor. Isso pode também significar que ele mais exigente e ou mais fechado quanto á sugestões. A que apontar que neste álbum, mesmo que tenha sido experimental, will.i.am entregou-se a riscos que muitos outros músicos não pisariam. Se a preocupação fosse apenas pelo sucesso, a Baby Kaely provavelmente não faria parte deste álbum. Este tema é claramente de um artista criativo e visionário, que tenta com a voz mais infantil de Baby Kaely, chegar mais perto do público alvo da lírica. Almeja que a sua mensagem afecte as crianças do guetho e não só. A mensagem que ele passa aos encarregados é que: as crianças podem ser mais do que o guetho representa, podem ser os seus sonhos, seja isso o que for, mas os adultos tem parar de deixar que o guetho limite o amanhã delas. O nosso amanhã. Outro grande tema de will.i.am. Este é o ultimo tema da selecção oficial deste álbum.
Das faixas bónus temos "Reach for the Stars" que é outro som com o objectivo de motivar. Se eu olhar agora para atrás para todos os sons que já revi, e juntar o facto que will.i.am considera-se um visionário. Este álbum é ainda mais belo do que parece superficialmente. E é menos sobre o "will.I.Am" e mais sobre "#willpower" ou "will power" ou "power of will", e é dedicado a nós. Pela visão de um visionário o transmite com a sua essência musical futurista. Adorei o objectivo lírico deste tema. E há produção também é atraente.
"Smile Mona Lisa" surpreendeu-me pela positiva, devido a forma como ele harmonizou aquela melodia apaixonada, com a lírica onde Mona Lisa é personificada como a amada de will.i.am, e com aqueles drums no final. Este tema despertou-me mais ainda a atenção para o que Wil.I.Am é capaz de produzir musicalmente. É impossível não gostar do que ele fez neste tema. Este tema tem algo de prodigioso.
"Bang Bang" assim como é som anterior e alguns outros é um daqueles que custa de aceitar, em comparação com o habitual do pop e ou hip hop actual. Mas tirem os chapéus ao will.I.Am porque ele é um musico que toma riscos que compensam. Ouve o som em baixo.
Depois destes dezoito temas, cheguei a algumas conclusões sobre a minha atitude precoce ao julgar um artista.
Este é um álbum muito bom, mas é necessário dar-lhe tempo. Principalmente por que é bastante criativo, como oposição e como aprovação. Mas também porque vale a pena toda a mensagem que ele transmite. Os sons do álbum têm uma forma de produção que até faz sentido se pensarmos que ele é um visionário e procura alcançar patamares futuristas, e ainda assim interessantes a actualidade. Ninguém sabe como é o futuro, mas baseamos-nos no passado e há alguns sons neste álbum que tem uma essência intemporal. O artista fala de temas nobres e realistas dos nossos tempos e muito provavelmente futuros. Qualquer produtor e musico deveria dar uma chance a este álbum porque só têm a aprender com ele.
Musicas Favoritas: "The World is Crazy", "Geekin", "Gettin' Dumb", "Fall Down", "Bang Bang" ...
Pontos Negativos: "Let's Go", "Great Times are Coming"
Nota Final: 7/10
Ouve aqui o álbum:
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