A cerimónia, exibida ao vivo pelo
portal a partir do Pier 36, em Nova Iorque, teve início com os Arcade Fire e a
interpretação de "Afterlife" num videoclip ao vivo. A seguir, Lady
Gaga interpretou uma canção ao piano em tom melancólico.
O YouTube deixou a organização do evento nas mãos de Spike Jonze, realizador de filmes como "Queres ser John Malkovich?" ou "Inadaptado". Jonze disse que quis manter-se fiel às origens experimentais do site. A apresentação ficou a cargo do ator Jason Schwartzman e do comediante Reggie Watts.
Os prémios tiveram seis categorias: vídeo do ano, artista do ano, melhor resposta de um fã, fenómeno YouTube, artista revelação e inovação do ano. Os nomeados foram selecionados de acordo com os vídeos mais vistos, mais partilhados e que receberam mais avaliações positivas no último ano, segundo o YouTube.
O prémio de artista revelação parece ter atendido o desejo de Jonze: a dupla Macklemore & Ryan Lewis venceu com um vídeo gravado com 5 mil dólares e disponibilizado no YouTube.
Apesar da presença de Miley Cyrus, PSY, Lady Gaga e Justin Bieber na categoria melhor vídeo, o prémio foi para o grupo sul-coreano Girls' Generation com a canção "About a Boy".
Eminem recebeu o prémio de melhor artista e interpretou "Rap God".
O momento mais controverso foi uma curta-metragem da atriz Lena Dunham, criadora da série da HBO "Girls", no qual um homem apaixonado, aparentemente com depressão, decide suicidar-se com uma jovem que acaba de conhecer.A decisão foi do público e a atriz elogiou a escolha, pouco depois do sangue das vítimas do suicídio simulado ter atingido os espectadores.
A violinista Lindsay Stirling, que teve a carreira impulsionada pelo YouTube, venceu na categoria melhor resposta para vídeos que foram remisturaados ou parodiados por "Radioactive".
O prémio de fenómeno do ano ficou com "I knew you were trouble", de Taylor Swift, e o de inovação com 'Destorm Power', o 169º usuário com mais assinaturas no YouTube e cujos vídeos no site foram vistos mais de 200 milhões de vezes.
O YouTube vtornou-se numa referência para a música, deixando para trás, por exemplo, a MTV, canal que acompanhou desde o início a criação dos videoclips e que hoje tem a sua popularidade abalada.
Em agosto do ano passado, a agência Nielsen divulgou uma pesquisa na qual 64% dos adolescentes norte-americanos ouvia música pelo YouTube. O rádio aparecia com 56%.
Paradoxalmente, as editoras também beneficiam do sucesso dos seus artistas no YouTube, apesar de o site ter acesso gratuito. A indústria musical arrecadou 500 milhões de dólares nos últimos anos com publicidade no YouTube, segundo Vivien Lewit, diretora de colaborações musicais do portal.
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