Thirty Seconds To Mars - Love Lust Faith + Dreams

Na review de hoje vou falar sobre o novo álbum da banda Thirty Seconds To Mars, o "Love Lust Faith + Dreams", acabadinho de ser lançado.

Este é o álbum que marca o regresso da banda com um novo trabalho, depois de This Is War lançado em 2009 e de uma tour de 309 concertos que entrou para o Guiness Book, como a banda de rock com mais concertos seguidos numa tour, promovendo o mesmo álbum.
Bem, pelos comentários que já vi no Youtube e em notícias da banda relacionados com o álbum, certas pessoas dizem que isto é totalmente mainstream e todo eletrônico, mas a verdade é que num aspecto têm quase razão, pois há uma normal inclusão dos sons eletrônicos no álbum. Mas mainstream? Não diria assim tanto!

Este álbum demonstra uma total mudança da banda, seguindo a mudança que já foi o This Is War, inclusive o próprio Jared Leto o afirmou em algumas entrevistas, dizendo que seria um território totalmente novo para a banda e que o álbum iria trazer influências de alguns países por onde viajaram durante o tempo que estiveram parados. Ouvindo o álbum, acho que nos podemos aperceber disso, principalmente sons provenientes da Índia. O disco retrata temas ligados ao próprio título, o amor, cobiça, fé e sonhos. O disco é divido pelos temas indicados, pois é possível ouvir no início e no fim de algumas músicas uma voz feminina a indicar o assunto que se segue. De referir que o álbum teve também a colaboração de alguns dos fãs para a elaboração dos coros, algo que já se tornou praticamente numa marca da banda, como aconteceu no This Is War.

O álbum tem início com "Birth", uma intro poderosa que entra no vídeo de "Up In The Air" e bem, pois é uma música com um certo lado cinematográfico. Nela é possível ouvir o som de Taiko, bateria de origem japonesa, violino, sintetizadores e as baterias a que estamos habituados. Tem um certo dramatismo por assim dizer, acabando por servir de interlude à segunda música. Segue-se "Conquistador", que inicia com um grande riff de guitarra, sendo que a guitarra volta a marcar presença acentuada no refrão e na bridge da música. Contém também um certo cântico de combate, "We Will Rise Again" entoado pelo coro, torna-se uma música convidativa ao álbum e ao vivo pelo que vi torna-se ainda mais interessante, sendo energética.
Temos então "Up In The Air", o single de apresentação do álbum, que foi literalmente lançado para o espaço, tendo uma sonoridade mais ligada ao Pop Rock, com uma introdução mais avassaladora dos sintetizadores, com os coros presentes tendo alguma semelhança a Kings and Queens, mas com a presença notória de guitarra no refrão e com uma boa batida, o som da bateria de Shannon Leto, um dos pontos mais elogiados até por quem não gosta da música. É uma música que mantém o início positivo do álbum e a energia bem presente e que ao vivo fará toda a gente saltar.


Depois "City Of Angels", música com a liderança de sons eletrônicos e bateria, torna-se numa balada, acalmando o ritmo, um pouco como acontece com Was It A Dream no álbum A Beautiful Lie (2005), uma música que se pode gostar ou odiar, tal como à própria banda. Como quinta faixa surge "The Race", aquele que poderá ser o segundo single pois já teve direito a um "lyric video". Uma música com inclusão de violinos, com maior uso de sintetizadores, onde surge o uso da guitarra num riff a partir da bridge da música.
A seguir é nos apresentada "End Of All Days", com um início marcado pelo uso do piano. É a música mais calma de todo o álbum e que marca a nova veia experimental da banda. Uma música ligada à fé, tendo Jared a dar enfase ao refrão com "All We Need Is Fatih(2x)/Faith is all we need".
Como sétima faixa do álbum, aparece "Pyres Of Varanasi", fazendo referência a Varanasi, uma localidade da Índia, conhecida como a cidade mais sagrada do hinduísmo. Basicamente um instrumental, tem a óbvia origem do país, tendo pelo meio uns vocais, como um cântico indiano, com a colaboração de um artista que Jared disse ter conhecido durante a estadia na Índia. Uma música que já foi negativamente criticada, mas que eu acho boa na minha opinião, pois leva-nos a viajar com o som, e também porque parece tirada da banda sonora de filmes ou séries com gladiadores ou coisas do gênero. Talvez também por eu gostar de diversos estilos de música e ter mente aberta nesse sentido.

De seguida temos "Bright Lights", uma música novamente calma, mostrando a face deste álbum de diversidades, um tema talvez ligado à fé mas acima de tudo a sonhos. "Do Or Die" é a nona faixa, apresentada maioritariamente com sintetizadores. A nível pessoal, um dos momentos baixos do álbum, pois já nem me parece bem um pop rock, e sinceramente fiquei um bocado desapontado com os sons usados nesta música, pois está muito virado para o pop, tem algumas partes que ficam no ouvido mas não está ao nível que espero da banda.
Após isto vem "Convergence", um instrumental da autoria de Shannon, baterista da banda, assemelhando-se ao que fez no álbum This Is War com a faixa "L490".
A entrar na rota final do álbum aparece "Northern Lights", uma música bem composta, com a postura moderna da banda mas também onde eu acho que se encontra a essência da banda desde o primeiro álbum até agora, contando também com uma boa lirica.
Por fim, "Depuis Le Début", a faixa que encerra o álbum, iniciada com uma guitarra acústica e vocal de Jared, seguida de um instrumental e acabando com o som daquelas caixinhas de música, normalmente funcionando a corda.

Resumindo, o álbum não é assim tão mau quanto o querem pintar. É talvez a mudança definitiva da banda para o mundo entre pop e rock. Pessoalmente e enquanto fã da banda e parte da família "Echelon", gosto do álbum, mas obviamente que tendo em conta aquilo que pode sair da cabeça de Jared Leto e ser produzido pela banda, acaba por faltar algo ao álbum, mesmo a nível lirico, ficando um pouco distante dos primeiros álbuns.

Bem sendo ainda muito recente, talvez os gostos acabem por mudar um pouco, mas para já estas são as minhas favoritas: Conquistador, Northern Lights, Up In The Air e End Of All Days. Destaco também City Of Angels.

Nota: 7/10

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