Linkin Park - Living Things

Bem, como minha primeira crítica, irei falar sobre o álbum Living Things (2012) dos Linkin Park.
Um projecto que posso apelidar como um "álbum de uma carreira", isto porque na minha opinião, ele engloba um pouco de todos os trabalhos dos Linkin Park.
Este é o sucessor de A Thousand Suns (2010), talvez o álbum da banda mais criticado negativamente, sendo que o próprio Living Things já fez circular obviamente algumas críticas negativas, mas em geral tenho me deparado com mais positivas, sendo um trabalho bem elogiado.

Já lá vão praticamente 13 anos desde o Hybrid Theory (2000), um álbum que lançou os Linkin Park como uma banda de nu metal e rap rock, tendo depois também os álbuns Meteora (2003) e Minutes to Midnight (2007).

Falando do Living Things, este é um álbum que incorpora toda a carreira da banda, ou seja, uma mistura do "velho" com o "novo" apesar de eu não gostar muito de o dizer dessa forma. Acho que todos os artistas vão sentindo essa necessidade de alguma mudança, de amadurecer talvez, e este álbum é realmente uma mistura daquilo que é classificado o início da banda com a fase mais experimental. Encontra-se o rap poderoso de Mike Shinoda, os "screams" de Chester Bennington e também um som mais electrônico proveniente do A Thousand Suns. Obviamente salientar também o bom trabalho dos outros elementos da banda, principalmente o DJ da banda Joe Hahn que tem muita importância na produção do álbum e mesmo na elaboração de videoclipes da banda.

O álbum começa duma grande forma, com uma música poderosa, "Lost In The Echo", que traz um rap ao estilo de Mike Shinoda e com um refrão bem entoado por Chester, sendo que temos também já um pouco de screams de Chester, aos quais já estamos tão habituados. Uma música cheia de energia e que tem uma lirica muito bem construída. Segue-se "In My Remains", uma música com uma boa batida e também melódica, onde é impossível não destacar a bridge "Like an army falling, one by one by one", que nos faz querer cantar em conjunto e que tocada ao vivo pode criar um momento mágico entre a banda e o público.



Depois "Burn It Down", o primeiro single do álbum e bem, pois acho que representa bem aquilo que é o álbum, contém um refrão forte e um rap viciante, claro está, fica-nos na cabeça e faz-nos querer sempre cantar junto com eles. "Lies Greed Misery" aparece como 4ª faixa, foi muito utilizada pela banda na promoção do álbum, tanto em concertos, inclusive no Rock In Rio 2012, como também disponibilizaram esta música no seu canal do Youtube, sendo um pouco semelhante à anterior com um rap corrosivo do Mike e um refrão forte cantado por Chester.

"I'll Be Gone" é uma música levada pelas guitarras e alguns acréscimos eletrônicos, sendo liderada vocalmente por Chester. A seguinte faixa, "Castle of Glass", claramente um dos pontos altos do disco para a maioria das opiniões pessoais. Foi o último single lançado pela banda, uma música com uma excelente melodia, daquelas que também ficam na nossa cabeça muito rapidamente, sendo muito bem construída liricamente, tendo uma grande junção das duas vozes de Mike e Chester em algumas partes.
"Victimized" chega-nos no número 7 e é a mais pesada de todo o álbum, mais uma vez com bons raps de Mike e claramente onde aparecem os verdadeiros screams de Chester que muitos fãs pedem. Uma música que acaba por se tornar muito curta, sentindo que falta algo mais. Ao vivo, a música é tocada juntamente com a "Qwerty".
De seguida vem "Roads Untraveled", uma balada convidativa, cativante, que conta com um piano e um som de background que se assemelha a uns "sininhos", um tilintar por assim dizer, que chega a um ponto de "explosão" com a entrada de guitarra perfeita. Tem uma boa lirica, é música com a qual nos podemos deixar levar, simplesmente perfeita. "Skin To Bone" é uma faixa que se pode incorporar como uma mais experimental, sendo que inclui umas batidas fortes e uma lirica simples.Talvez o ponto baixo do álbum.

Segue-se "Until It Breaks", uma verdadeira faixa ao estilo de Mike Shinoda, colocando os seus versos num rap poderoso, destacando-se também a parte final com a participação de Brad Delson, guitarrista da banda. "Tinfoil", penúltima música, é um instrumental e serve como introdução à última música do álbum (interlude), podendo-se comparar com os primeiros dois álbuns (Hybrid Theory e Meteora), onde a penúltima música também é um instrumental.
Por fim, "Powerless", uma música poderosa, cheia de emoções que vão modificando ao longo da música, com uma boa melodia de piano e algumas misturas, com um toque sombrio, onde se destaca também uma voz melódica de Chester, uma música que vai crescendo dentro de nós!

Resumindo, Living Things é um álbum onde mostra o crescimento dos Linkin Park, sem o nu metal que algumas pessoas continuam a pedir, mas onde, na minha opinião, encontra-se toda a essência da banda ao longo destes anos e aquilo que são os Linkin Park enquanto grupo, com uma sonoridade resumida em rock eletrônico, que traz alguma frescura.
Um disco que se ouve vezes e vezes sem conta!

Favoritas(Pessoal): Lost In The Echo, Roads Untraveled, Powerless, In My Remains.

Nota: 8.5/10

Se ainda não ouviste, fica aqui o álbum.

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